segunda-feira, 30 de abril de 2012

1º de Maio: Dia Mundial do Trabalhador


“A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” – Perseu Abramo


    O Dia Mundial do Trabalhador foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
    Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
    Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho


Chicago, maio de 1886 


     O retrocesso vivido nestes primórdios do século XXI remete-nos diretamente aos piores momentos dos primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando ainda eram comuns práticas ainda mais selvagens. Não apenas se buscava a extração da mais-valia, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
    Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.
Como já se tornou praxe, os jornais patronais chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício. 





No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.
Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.
A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.
A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

Spies fez a sua última defesa:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também fez um discurso:

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Fez um relato da ação dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e falou de seus ideais:

"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".


Mártires de Chicago: Parsons, Engel, Spies e Fischer foram enforcados, Lingg (ao centro) suicidou-se na prisão.
 



No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou-se. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.
Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.
No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objetivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem. Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência majoritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram, vale repetir, expulsos. Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo dito “real”: enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...
            Fechando este parêntese que já vai longo, voltemos à reunião do Congresso Operário de 1890: na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.
No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".
Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).
O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.
Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal, a realidade do século que iniciamos, a distância parece pequena em comparação com a infância do capitalismo, parecemos muito mais próximos dela do que da pseudo racionalidade neoliberal, que muitos ideólogos querem fazer crer.
A realidade nos mostra a face cruel do capital, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano!
A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal qual no final do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro; na outra ponta uma sucessão de governos neoliberais (Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva) fazem o inimaginável pela supressão de direitos trabalhistas conquistados a duras penas ao longo dos anos (13º salário, direito a férias remuneradas, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, etc.) ampliando as dificuldades ao trabalho, principalmente face a uma crise de desemprego crescente, e simplificando cada vez mais a vida da camada patronal. Neste sentido, naturalmente, a reflexão das lutas históricas passadas torna-se essencialmente importante, como aprendizagem para as lutas atuais. 









O Dia do Trabalhador no Brasil



    No Brasil, como não poderia deixar de ser, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho. A primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional. Desde então, comícios, pequenas passeatas, festas comemorativas, piqueniques, shows, desfiles e apresentações teatrais ocorrem por todo o país.
    Com Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas. Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.
            Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.
            A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano.


Fonte: http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho















quarta-feira, 28 de março de 2012

Aniversário do PT de Esperantina

CONVITE

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores vem através do Blog Política Consciente, com muito orgulho convidar você que é filiado ou filiada,
simpatizante e companheiro de luta, para se juntar a todos a fazermos
uma bonita festa de confraternização.

Este evento será realizado no dia 31 de março, sábado, de oito da
manhã ao meio dia (8:00 às 12:00 horas), no Clube Recreativo Princesa do
Longá, situado proxímo ao CAIS, do rio Longá.

A sua presença é de grande importância, pois você é parte da
história do PT e parte da história de Esperantina, não podendo assim
ficar de fora deste momento.


Seja bem vindo e bem vinda.

Estamos aguardando-lhe com muita alegria.

Até lá!

Diretório Municipal e Comissão Executiva.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A COPA NORTE FAZ DE ESPERANTINA A CAPITAL DO FUTSAL



            Esperantina é uma cidade geograficamente bem localizada na região Norte do Piauí, situada no chamado Território dos Cocais, com uma população de aproximadamente 40 mil habitantes. É uma cidade pólo na qual órbita 12 municípios adjacentes, oferendo serviços essenciais à população regional  nas áreas da saúde e educação. Nos últimos anos, a cidade tem se destacado bastante nas atividades comerciais e no turismo ecológico da Cachoeira do Urubu dinamizando e contribuindo ainda mais para fluxo de pessoas para o município. Todos esses aspectos têm ajudado Esperantina a se desenvolver e se projetar como uma das cidades mais importantes do Território dos Cocais. Somando a esses aspectos positivos temos uma outra grande conquista no campo do esporte: o futsal.
            O futsal esperantinense ganhou relevo a partir da formação de escolinhas jovens e adolescentes incentivadas principalmente pelo Prof. Chaguinha Magalhães e o Prof. Leão  que revelaram muitos atletas. A partir daí os torneios de futsal se converteram em eventos de referência para cidade e região mobilizando centenas de torcedores lotando inicialmente o ginásio poliesportivo Dídimo de Castro, em seguida, o ginásio Nogueirão passou a ser o espaço principal dos eventos esportivos do futsal.
            Mas o desenvolvimento do futsal em Esperantina foi impulsionado, sem dúvida, com a realização da Copa Norte de Futsal, cuja primeira edição ocorreu em 1999, tendo como principal protagonista o Prof. Chaguinha Magalhães.
            Amanhã, domingo, dia 26 de fevereiro de 2012, será realizada a grande final da 12ª  Copa Norte de Futsal, às 9:30 horas, no ginásio municipal Nogueirão. Certamente será um grande espetáculo do futsal com a presença da mídia estadual e de diversas caravanas de municípios vizinhos e sobretudo de milhares de torcedores apaixonados pelo esporte. A esperada final será entre o Arsenal de Esperantina versus  Libório Eventos da cidade de Picos. Aguarda-se uma partida de futsal eletrizante e de grandes lances emocionantes.
            Esperantina está fazendo história no esporte amador piauiense proporcionando um mega evento de futsal projetando-a a nível estadual e, quem sabe, no futuro próximo, para o Nordeste ou até para o Brasil. Afinal, a Copa Norte de Futsal tem articulado e mobilizado times de vários municípios, na edição desse ano, por exemplo, foram 41 times de 27 cidades, sendo 23 do Piauí e 04 do Maranhão. De maneira, que esse evento ganha cada vez mais destaque e importância para a região e para o Piauí, com grandes possibilidades de a curto ou a médio prazo entrar no calentário nacional de eventos esportivos de futsal. Segundo,  o Prof. Chaguinha Magalhães a Copa Norte de Futsal caminha para sua profissionalização, isto é, esse evento esportivo vai exigir melhor preparo, organização e estrutura profissional das equipes. Nesse sentido, o sucesso desse empreendimento esportivo vai exigir, portanto, a construção de uma parceria sólida e duradoura entre as organizações esportivas, o poder público e a iniciativa privada. É o caminho para desenvolver e avançar mais o esporte!
           

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

FICHA LIMPA: UM INSTRUMENTO PARA COMBATER A CORRUPÇÃO E OS MAUS POLÍTICOS



            Muita gente pensa assim: “Política é para se dar bem”;  outros dizem: “Besta é quem não se aproveita do dinheiro púbico para se enriquecer”; enfim, uma parcela significativa da população afirma taxativamente: “Todo político é igual, todo político é ladrão”! Muitas pessoas também falam: “O povo tem o político que merece”. Esse, em geral, é o sentimento de uma boa parte da população brasileira. Infelizmente!  Todas essas frases fazem parte do senso comum do nosso país, elas estão enraizadas na cultura política brasileira. Elas são produtos do processo político brasileiro vivido e hegemonizado até então por uma elite política representante de grupos sociais oligarcas e burgueses conservadores e, às vezes, reacionários, que se apropriaram do Estado Brasileiro em benefício próprio e de seus lacaios, implantando a impunidade e a proteção de seus apaniguados.
            Nesse sentido, vale salientar que a corrupção na política brasileira existiu desde a implantação da República Velha, na chamada República das Oligarquias. Foi a partir daí que praticamente se institucionalizou a corrupção político-eleitoral no país: voto de cabresto, fraude, compra de votos com a complacência da maioria das autoridades para garantir a vitória dos partidos das classes dominantes. Esses vícios políticos-eleitorais se impregnaram na vida política brasileira tornando-se como prática política comum dos partidos tradicionais permeando, portanto, todos os períodos da nossa frágil República. Evidentemente, vários segmentos sociais e partidos políticos democráticos, populares e de esquerda constantemente denunciavam e criticavam a corrupção político-eleitoral generalizada no país, mas encontravam pouco apoio para as suas reclamações pois a maioria da população estava sob influência ideológica, ora das políticas clientelistas, ora das política populistas e, enfim, de governos autoritários. Desse modo, as elites dominantes brasileiras se valiam de instrumentos para garantir o sucesso de seus projetos políticos: a fraude eleitoral e o golpe de Estado.
            A partir do final da década de 1970, o Brasil inicia uma nova fase política: a luta pela redemocratização. Nesse bojo, surge o novo sindicalismo, a fundação do Partido dos Trabalhadores – PT e da Central Única dos Trabalhadores - CUT, a atuação forte da CNBB e da OAB, bem como o ressurgimento dos movimentos sociais e populares. As lutas democráticas e populares se espalharam e se ampliaram por todo o país. Foram mibilizações intensas no campo e na cidade. A ditadura militar chegou-se ao fim e as liberdades democráticas foram restauradas e consolidadas com a promulgação da nova Constituição Brasileira – a Constituição Cidadã. Muitos direitos sociais e políticos foram conquistados e os espaços democráticos foram ampliados. Nesse sentido, o Brasil deu passos largos para construção de uma cidadania ativa, isto é, de um país formado de cidadãos e cidadãs atuantes e conscientes de seus direitos e deveres.
            Hoje o Brasil é outro. A Lei da Ficha Limpa validada pelo STF para as eleições de 2012, deu mais um passo para o Brasil aprofundar e consolidar a democracia, combater a corrupção e se livrar dos maus políticos. É importante lembrar que essa lei foi de iniciativa popular com mais de 2 milhões de assinaturas de cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, inclusive de Esperantina, cuja emenda popular foi encaminhada ao Congresso Nacional que, por sua vez, foi votada e aprovada e, em seguida, sansionada em 2009 pelo ex-presidente Lula. Foi um avanço bastante significativo para moralizar a política brasileira e fortalecer a cidadania. Mas o povo, agora, precisa fazer a sua parte: votar consciente.     
                

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PT comemora 32 anos de luta em defesa do povo brasileiro


Ato comemorativo será no dia 10 de fevereiro, no encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos (as) e Deputados (as) Estaduais.
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores realiza no dia 10 de fevereiro, em Brasília, ato comemorativo dos seus 32 anos de fundação. A festividade ocorrerá durante o encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT. O evento, que será realizado no Centro de Eventos Brasil 21 (Plano Piloto), contará com a participação de dirigentes, militantes, ministros, parlamentares, prefeitos, lideranças sindicais e populares, além de representantes dos movimentos sociais e de partidos aliados.
Na comemoração do 32º aniversário de fundação, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirma a posição do PT na defesa intransigente do povo brasileiro.
“Nestes 32 anos, o PT ajudou o Brasil a passar por grandes transformações, desde a luta pelo fim da ditadura, passando pelas Diretas Já, e contribuindo para a organização dos trabalhadores através da criação e construção da CUT. Depois, com a eleição de Lula e de Dilma, que fizeram com que o Brasil entrasse em um novo ciclo de transformação social e econômica. Podemos destacar os programas sociais que tiraram milhões de famílias da miséria, a geração de emprego e renda e a nova política para o salário mínimo, entre tantos avanços que ajudam o Brasil a ser hoje reconhecido e respeitado no cenário internacional”.
Rui Falcão também conclama os petistas a comemorarem a data com mobilização e alegria. “Por tudo isso, é importante celebrar essa história de 32 anos de lutas. Conclamamos toda a militância a realizar atos pelo país inteiro e os nossos parlamentares a usarem as tribunas para fazerem pronunciamentos em homenagem ao Partido, mobilizando assim a sociedade brasileira para que esse processo de transformação tenha continuidade na vida social e política do nosso País”, enfatiza o presidente do PT.
Durante as comemorações dos 32 anos de história, o PT também irá comemorar o Centenário de Apolônio de Carvalho, ativista histórico que assinou a primeira ficha de filiação ao Partido em 1980.
Fonte: Secretaria Nacional de Comunicação do PT

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PREFEITO CHICO ANTÔNIO CONVOCA 45 CLASSIFICADOS DO CONCURSO PÚBLICO

   O prefeito Chico Antônio assinou o Edital de Convocação de 45 classificados do último concurso público da Prefeitura Municipal de Esperantina, cujos cargos e o número de convocados são os seguintes: Odontólogo 01, Psicólogo 01, Agente Comunitário de Saúde 03, Enfermeiro 03, Fiscal de Tributos 03, Agente de Trânsito 02, Secretário Escolar 06, Eletricista 01, Bombeiro Hidraúlico 01, Vigia Zona Urbana 08, Vigia Zona Rural 05, Zeladora Zona Urbana 04 e Zeladora Zona Rural 07. Segundo o Secretário Municipal de Administração e Planejamento Prof. Edmilson Araújo,  os convocados devem comparecer no setor pessoal da Secretaria Municipal de Administração e Planejamento nos dias 31 a 02 de fevereiro munidos de todos os documentos conforme o Edital de Convocação. Veja na íntegra o Edital de Convocação e os respectivos convocados:



           

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PROF. EDMILSON COORDENOU SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PREFEITURA DE ESPERANTINA


    Ocorreu  hoje, 23 de janeiro, no sítio Malícia, a partir das 8:30 horas, o Seminário Municipal de Planejamento Estratégico 2012 da Prefeitura Municipal de Esperantina sob a coordenação do Prof. Edmilson Araújo, secretário municipal de Administração e Planejamento. No início dos trabalhos o prefeito Chico Antônio enfatizou que a gestão “Esperantina para todos” praticamente cumpriu quase todas as metas contempladas no Plano de Governo apresentado durante a campanha eleitoral de 2008. “Algumas metas deixaram de serem cumpridas devido às dificuldades financeiras e inadimplência da Prefeitura junto ao Governo Federal, isto é, ficamos proibidos de realizar convênios federais por causa do CAUC, uma situação constrangedora herdada pelo gestor anterior, causando prejuízos enormes para Esperantina”, afirmou o prefeito. Na ocasião o  Prof. Edmilson explicou aos participantes a “Matriz Fofa”,  metodologia na qual se cruzam vários cenários da administração local e sua relação com a sociedade, cujos objetivos definem as metas administrativas  para 2012. Após  a abordagem, os presentes foram divididos em dois grandes grupos para construírem os cenários internos e externos da gestão pública local e da realidade em que está inserida. No último momento do evento, as secretarias municipais definiram, portanto, os objetivos estratégicos e as metas de 2012 ancoradas nos cenários da realidade social, econômica, cultural, ambiental  e administrativa de Esperantina.
     É importante salientar, pois, que o Seminário Municipal de Planejamento Estratégico foi bastante representativo pois participaram o prefeito Chico Antônio, a vice-prefeita Profª Soraya, a primeira dama e secretária de Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência Cleonice Carvalho e os secretários de administração e planejamento, de saúde, educação, infraestrutura, governo, assistência social, fazenda, o procurador, o controlador, gabinete, contabilidade e demais coordenadores e diretores.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DA VIDA E MARTÍRIO DE SÃO SEBASTIÃO co- padroeiro de Esperantina; Data de comemoração: 20 de Janeiro

São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.
Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu.
Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.
O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.
À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma.
Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportadas para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra.
As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, Esperantina-PI.